8/22/2016


Depois de começar a escrever sobre introdução alimentarhábitos saudáveis, e como introduzir o alimento ao bebê, vou contar para vocês sobre o método chamado baby-led-weaning, (Baby-ledWeaning), que nada mais é que a introdução alimentar guiada pelo bebê, ou seja, deixar que ele explore os alimentos, sinta a textura, o cheiro e o gosto dos alimentos.



O método BLW teve o nome criado pela agente de saúde britânica Gill Rapley, autora do livro Baby-led Weaning: Helping Your Baby to Love Good Food(em tradução livre, Desmame Guiado pelo Bebê: Ajudando seu Filho a Amar Boa Comida) e tem ganhado cada vez mais adeptos pelo mundo. A ideia principal é não oferecer um prato diferente aos bebês, mas, sim, deixar que eles se sentem à mesa e participem das refeições familiares já a partir dos 6 meses de vida. É muitooooo prático  pra família toda. Mas aviso: faz uma sujeira lascada! 😆 esteja preparada pra ímpar sua cozinha a cada refeição! 

Como fazer o BLW?

Depois de colocar o bebê sentado, junto à família, na hora das refeições, é importante disponibilizar alimentos apropriados. Pense em porções e formatos que a criança consiga pegar com as mãos e levar sozinha à boca. Cenouras cozidas e cortadas em forma de palitos ou ramos de brócolis, também cozidos, são boas alternativas. O caráter saudável é uma característica que merece destaque no método. Mas cuidado com pedaços muito pequenos ou grandes demais, o ideal é do tamanho de meia uva no início. 

Logo no começo pode ser que seu bebê seja como o meu, brinque mais do que coma; mas não se desespere. Deixe ele conhecer as coisas. É muita novidade pra eles!  

Não se preocupe nem insista. Jamais o obrigue a comer, com prêmios, elogios, promessas ou distrações, muito menos com gritos, castigos ou ameaças. “Dizer a uma criança que ela se alimentou pouco e precisa comer mais é tão absurdo quanto falar que respirou pouco e precisa respirar mais”, compara o pediatra espanhol Carlos González, autor do livro Mi Niño no Come (Meu Filho não Come, em tradução livre, ainda sem edição brasileira). [aliás super recomendo os livros desse pediatra! Excelentes!]

Paciência:

Uma das ideias do BLW é não apressar o bebê a comer. Nessa hora além de se alimentar, ele está aprendendo, descobrindo, sentindo, e etc...  Deixe que leve o tempo necessário para terminar de comer. O método além de prático, oferece aos bebês a oportunidade de conhecer diferentes texturas e sabores e de ser independentes, eles descobrem se gostam ou não se algo, já começam a associar as cores, mesmo que de forma bem básica, mas pro exemplo: Théo não curte ervilha, então por um bom tempo tudo que era mais verdinho ele nem pegava na mão rs. Menino esperto rs. 😅

Logo de início eu sofri com Théo pois ele não é o mais fanático por comida rs. E com 7 meses ele já nem queria saber de papinha. Queria sentir as coisas, apertar, ver de perto.


Pode engasgar?

Essa é uma das perguntas mais ouvidas por quem opta pelo BLW. O mais frequente é o chamado gag reflex, um reflexo frequente quando as crianças ainda estão se habituando com os alimentos sólidos. A diferença é que, nesse caso, o bebê não fica com a passagem de ar obstruída. Ele apenas se atrapalha – às vezes, os olhos enchem de lágrimas por alguns instantes –, mas ele mesmo consegue manejar o alimento e desengasgar rapidamente. Acredite!

Muitos pediatras afirmam que, contanto que o bebê esteja sentado, ereto, e mantenha controle sobre o que entra na sua boca, o risco de engasgo é mínimo. A dica é: 
não tente dar aquela ajudinha aí seu bebê, isso pode atrapalhar. Se ele ainda não consegue segurar os alimentos sozinho, provavelmente, não está pronto para o método. Aguarde mais um pouco. 

Aprendizados práticos:

Com o BLW, o bebê vai aprender primeiro a mastigar, e só depois a engolir – ou seja, na sequência esperada e fisiológica dos eventos. Isso tende a fazer com que eles modulem melhor a força de mastigação e mordida, além da quantidade de comida que colocam na boca. 

Idealmente, ofereça frutas e legumes levemente cozidos para que fiquem macios o suficiente para serem mastigados com a gengiva e duros o suficiente para que não sejam amassados com facilidade e dissolvidos durante a preensão palmar. Nas primeiras semanas, é melhor oferecer as carnes em pedaços grandes, para serem apenas explorados e sugados. Cortar as tiras de carnes no sentido transversal das fibras irá ajudar os bebês a retirar fiapos de carne com a força da mordida – ainda que não tenham dentes.

Théo hoje tem 15 meses e adora comer sozinho. Aliás, ele come mais quando come sozinho. Ele fica à vontade no cadeirão, faz sujeira, brinca, fala, espreme os alimentos, coloca na cabeça, passa no braço e come! Kkkkk 

É divertido pra eles e divertido de ver também rs. 


Boa sorte! Mamis! Tem alguma dúvida? Mande pra nós!! 😘


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8/20/2016

Eu já fui a mãe que chega com as unhas feitas, cabelo penteado e outfit impecável.



E já fui a mãe que chega atrasada com calça de ginástica, cabelo oleoso e blusa manchada (e a mancha pode ser desde leite materno,  restos de comida até excreções de um mini corpo humano).

Eu já fui a mãe que amamenta feliz, e já fui a mãe que levanta resmungado porque o filho acordou para mamar de novo.

Eu já fui a mãe que cozinha tudo em casa, apenas com ingredientes orgânicos, e já fui a mãe que pede fast food por pura e absoluta preguiça.

Eu já fui a mãe que se voluntaria para ir ao passeio com a turma da escola, e já fui a mãe que esquece de mandar o lanche do filho.

Eu já fui a mãe que leva ao parquinho e inventa brincadeiras, e já fui a mãe que liga a televisão para ter sossego.

Eu já fui a mãe que contou até 10 e manteve a calma, e já fui a mãe que tem ataques histéricos.

Eu já fui a mãe que guardou para o filho a última e melhor colherada da sobremesa, e já fui a mãe que comeu chocolate escondido para não ter que dividir.

Eu já fui a mãe que conta os segundos para colocar as crianças para dormir, e já fui a mãe que fica pedindo mais um beijinho.

Eu já fui a mãe que trabalha, cuida da casa, e dos filhos, e já fui a mãe que não tem queria mais uma horinha na cama.

Eu já fui a mãe que mantém a lucidez mesmo em situações enlouquecedoras, e já fui a mãe que grita com os filhos.

Eu já fui a mãe que cede aos pedidos de “mais 5 minutinhos”, e já fui a mãe que levou o filho embora arrastado e gritando.

Eu já fui a mãe que precisou de conselhos, e já fui a mãe que deu abraços apertados.

Eu já fui a mãe que faz junto cabanas na sala, e já fui a mãe que da o tablet pro filho se entreter sozinho.

Eu já fui todas estas mães e muitas outras. Muitas vezes fui várias delas em um dia só. Talvez você tenha me visto no meu melhor momento, e acreditou que eu era uma mãe exemplar, que tem tudo sob controle.

Talvez você tenha me visto em um momento ruim, e por isso pensa que sou um total fracasso.

Pouco importa. A vida não é perfeita, nem mesmo são as mães, nem mesmo são os filhos.

Todas nós já estivemos dos dois lados. Um momento, ou um dia, não define ninguém. Caso você esteja precisando saber:

Você é uma excelente mãe e está fazendo um fantástico trabalho.

Por um mundo com menos dedos indicadores, e mais “eu sei que é difícil”!

Texto adaptado de Rafaela Carvalho.
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8/17/2016

Pergunta do momento. Porque meu filho está chorando? 
Bebê chora e se tem familiar, "amigo", ou outra pessoa perto, a resposta única: - "ele está com fome". "Dá leite que passa" etc... Mas não é sempre que o choro é fome. Aliás pode ser outra coisa ou duas coisas, ou três, ou nada! Sim. Bebês podem chorar sem nem ao menos saber porque estão chorando. Afinal essa é a única forma de comunicação que eles conhecem por enquanto. Descobrir o motivo do choro  é um desafio, precisa de um pouco de  intuição, um "tico" de conhecimento e muita percepção e paciência por parte da mamãe. Ter paz nessa hora é essencial. Não se desespere. Os bebês sentem isso! 

Na maioria das vezes só de pegá-lo no colo ou conversar acalmará o bebê que só quer se sentir protegido e amado.
Saiba que cada bebê é de um jeito. Não é porque o filho da sua amiga chora muito quando está com fome que seu filho necessariamente chorará da mesma forma.
Quando o choro começar, a mamãe deve primeiro analisar a situação. A princípio vá por eliminação: pense nas necessidades do bebê. Fome, cólica, fralda suja ou de está molhado, roupa desconfortável, sono, cansaço, frio ou calor e excesso de estímulo, normalmente são as opções mais prováveis do choro.
Se todos os aspectos físicos foram verificados, veja os emocionais também como: falta de atenção e insegurança podem ser os motivos. Perceba os movimentos do bebê. Se estica pra você, te olha fixamente, ou olha pra algo, se aperta, como na posição fetal, empurra a cabeça pra trás, etc. 
Vou te dar algumas dicas para te ajudar nessa "tradução" do choro. 
Choros de acordo com a necessidade: 
Fome: gemidos semelhantes a um apelo que não cessam com carinhos somente quando estiver satisfeito. Mais constante, a boca fica mais aberta e você consegue até ver a língua. 
Dor: grito agudo seguido de um pequeno intervalo. Ele respira e volta de novo. Está afirmando. Alguns bebês podem colocar a mão onde dói ou se virar. 
Fralda suja ou roupa desconfortável: choro fraquinho e estridente. Se mexem bastante. Demonstram desconforto. 
Cólica: choro agudo e intenso, normalmente leva a criança a esticar e encolher as perninhas, tremer o queixo e fazem cara de dor. As sobrancelhas ficam franzidas. 
Frio ou calor: é um choro copioso de desconforto. Se encolhem e se esticam, procuram conforto e calor e se acalmam rapidamente quando encontram. 
Excesso de estímulo ou irritação: é um choro meloso que ocorre ao fim de um dia movimentado. Parece manha, é um gemido de incômodo. 
Sono: criança agitada e com choro nervoso. Mexem nos olhos, bocejam, ficam moles e ao mesmo tempo podem ficar irritadas pois esta passando da hora de dormir. 
Emocional: choro geralmente é acompanhado de soluços, como se o pequeno estivesse meio "engasgado" de raiva ou brabeza. Pense em você chorando de tristeza. É parecido. Alguns bebês fazem bico e a carta fica bem triste. (Théo é especialista nesse choro - tipo drama rs). 
Elimine cada opção até chegar em uma que acalme seu bebê. Com o tempo você já saberá na hora qual é o choro da vez. Nosso ouvido acostuma. 
Se o choro persistir, o bebê pode estar com febre ou com alguma dor. Não ofereça remédios sem orientação médica. Procure o pediatra do seu filho e com ele descubra o que o pequeno tem.
Boa sorte mamães! 
Mais dicas, acompanhe nossos posts!
Dicas práticas por idade:
0 a 3 meses – é um período que a criança tem muitas cólicas. Para evitá-las, faça massagens na barriga do seu bebê e mexa suas perninhas (bicicleta) de duas a três vezes ao dia e não somente nos períodos e cólicas. É também o período que seu bebê mais precisará de você. Veja sobre extero-gestação aqui no blog. 
3 a 6 meses – continue somente com leite materno, além de satisfazer a necessidade de sucção de seu bebê, não sobrecarregará o seu rim e intestino com nutrientes pesados contidos em outros tipos de alimentos, evitando assim desconfortos. Seu bebê nessa fase passará pelos famosos picos de crescimento e os saltos de desenvolvimento. Leia aqui. Muita paciência, amor e comece a criar a rotina de sono e adequar o bebê à rotina da casa. 
6 a 12 meses – Criança não sabe o que é manha ou birra até os 12 meses. Por isso, se a criança chorar, atenda e verifique as causas do choro. Com 12 meses eles já entendem cerca de 80% das suas instruções. Portanto continue o informando , corrigindo, dando das broncas necessárias e ensine. Nessa fase eles absorvem muito. 

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