9/30/2016

Vida de mãe

Olá Mamães!

Hoje o Post foi enviado por uma mãe super fofa que conheci num grupo de mães no facebook. A Paula. 
Estávamos conversando sobre essa questão da maternidade real que tem muito se falado esses dias. Porém, o que mais vemos é parte "trágica" ou dolorida da coisa. E eu, particularmente, acredito que a maternidade vem pra nos completar. O que eu não tinha antes, tenho hoje, o que eu não acreditava antes, acredito hoje. Não foi e nem é fácil. A gente sofre e aprende, aprende e chora, fica triste e depois nos arrependemos e tudo mais. Mas nunca falei: "ninguém me disse que seria assim". O tanto que pode ser difícil, pode ser incrível também. 
E a Paula, nos escreveu um texto com esse rumo. A felicidade de ser mãe, mesmo com as dificuldades. 



Por Paula Correia. 
Cheguei em casa e meu marido e filha ainda não tinham chegado. A casa estava limpa, foi dia de faxineira.
Por um minuto confesso que me senti perdida, sem saber o que fazer... Estou tão acostumada com a rotina mãe, esposa, dona de casa que fazia muito tempo que não parava pra pensar em mim, fazer algo por mim... 
Liguei a tv, troquei do Discovery kids e mesmo com mais de 200 canais nada estava interessante... Já faz tempo que não acompanho nenhuma novela ou seriado, se não vejo o que minha filha quer geralmente acompanho o marido caso não tenha mais nenhuma outra obrigação para fazer...
Já tinha que fazer este texto então o momento foi mais propício que cair como uma luva!
Sempre tive o sonho de ser mãe. Ao contrário das minhas irmãs que sempre foram moderninhas e pensavam em trabalhar e ter independência financeira, desde pequena me espelhei na minha mãe, queria ser mãe e dona de casa... Minhas irmãs até me zoavam, me chamavam de Amélia! (hehehe)
Com o tempo fui crescendo e aprendendo que é bom termos uma função na vida, conquistar nosso próprio dinheiro, mas o sonho de ser mãe nunca morreu dentro de mim.
Meus programas preferidos na tv eram do Discovery home and health, logicamente, os que falavam de bebês!
Quando descobri que estava grávida, apesar do susto de não ter sido planejado, a alegria tomou conta de mim... Durante a gestação nunca parei muito para ler sobre o assunto, achava que tiraria tudo de letra. Me alertaram mil vezes sobre noites mal dormidas mas eu pensava que já tinha virado noites por vezes trabalhando, em noitadas ou simplesmente sem fazer nada, enfim... Não me preparei.
Minha filha nasceu e foi sim um choque... O cansaço, as dúvidas, a insegurança, os palpites os hormônios... Por algumas vezes pensei que não tinha nascido para aquilo, onde fui me meter...
Comecei a ir atrás de textos e ajuda na internet e uma chuva de coisas sobre a “MATERNIDADE REAL” começaram a vir a minha frente... Meu Deus, que medo!
Lembro que questionava as pessoas como elas tinham mais filhos, como davam conta, como viviam...
Por sorte conversei com muitas amigas que me explicaram que por trás de toda fofura todas já choraram noites nas madrugadas sozinhas, conheci muitas mães em um grupo na internet que amo e participo até hoje e ao ver que não era eu a errada, que eu não estava fazendo nada de diferente, comecei a me identificar mais com a situação. Passei a enfrentar com mais coragem e ouvir mais meus instintos...
Aí com o tempo e com a benção que minha filha é, tudo foi melhorando rapidinho... Menos de um mês ela já dormia a noite toda, foi crescendo e interagindo mais, ficando mais risonha e meu coração foi se enchendo de amor de uma maneira tão avassaladora que por vezes achava que iria explodir de tanta felicidade!!
Passei a tentar alertar as gravidinhas sobre os perrengues que passamos nos primeiro mês, mas sempre senti que era em vão... Por mais que a grávida se prepare e ache que tenha noção do que enfrentará, seu estado de êxtase e felicidade não a deixa dar devida importância para o que falamos...
Aí passei a conversar com as mamães no puerpério... Assim como foi bom pra mim, dividi com elas que essa fase punk do início era rápida e que realmente passaria...
E passou... e não só passou como voou e eu já me pego morrendo de saudade de uma noite em claro, um bebezinho que cabe na palma da mão chorando de cólica... Me vem a vontade de um próximo para tentar acertar mais, curtir mais... Enfim, me pego apaixonada pela maternidade que chego até a duvidar dos textos de maternidade real!
Vejo muita mãe dedicada mas que mesmo assim reclama de falta de tempo próprio, cansaço extremo... 
Sim, é muito difícil ser mãe, é uma virada na vida que nunca mais você poderá voltar atrás...
Mas mesmo assim me pego pensando será que tenho sorte? Mesmo com todo cansaço, toda mudança radical que sofri na vida, mesmo não sabendo o que fazer ao chegar em casa e estar só, sem saber que novela está passando ou que programa é legal de acompanhar, mesmo trabalhando duro o dia todo e chegando em casa e tendo que limpar casa, dar janta, banho e ainda cantar 3748 canções de ninar até finalmente minha filha pegar no sono, tenho a certeza de que acertei no meu desejo de infância... Não me acho a melhor mãe do mundomas sou a melhor mãe da minha filha, sinto que nasci para isso e não trocaria minha vida de hoje por nada no mundo!
Assim como qualquer emprego mesmo que seja o dos sonhos, existem dias que ficamos estressados e cansados, a maternidade também possui os dias de chuva. Mas se pego para pensar a quantidade de textos reclamando e orientando as pessoas, realmente penso que sou uma pessoa de sorte... Pra mim, muito além do cansaço, não há nada mais gratificante do que os bracinhos da minha filha se esticando para me abraçarem, seu sorriso ao me ver e me preferir diante de todos que se encontram no ambiente que estamos... Não tem felicidade maior do que consulta de rotina e ver que cresceu e ganhou peso... Não tem nada mais gostoso que ver ela abrir a boca e mandar ver na comida que fiz com tanto amor e carinho, comida essa que tive que aprender quais eram todos os legumes e verduras pois antes eu nem comia nada disso! Me preocupar com sua saúde e bem estar, me doar, ser para ela mais do que eu possa ser para qualquer um.
Dizem que maternar não é como nas novelas mas se eu colocar na balança, vivo muito mais o comercial de margarina do que a depressão dos textos de auto ajuda.
Morreu a pessoa que eu era antes, mas nasceu uma muito mais batalhadora, esforçada, pessoa pela qual tenho orgulho de ser e me mostrar aos outros...
Pode realmente ser que tenha gente que não nasceu para isso, mas se você é mãe, ama seu bebê e está numa fase ruim... Olhe para seu filho, encare essa jornada de frente... Saiba que é difícil para todos, mas não há nada mais compensador e que toda fase passa...
Meu marido chega e muda o canal, minha filha chega e vou trocar sua fralda...
Nunca fui tão feliz e completa na minha vida!
Casamento pode não ser para sempre, mas mãe serei até morrer... 
Dias difíceis acontecem mas desde que minha filha nasceu não tive um dia sequer sem sorrir... Se isso não é o maior feito da minha vida, não sei nem o porquê existir!
Sou mulher, sou trabalhadora, dona de casa e esposa, mas o maior orgulho da minha vida é ser mãe e sou muito feliz!


Sejam felizes mamães! Continuem com esse brilho que a matérias nos da para sempre! 
Bom final de semana! 

Quer enviar seu texto sobre ser mãe? Entre em contato conosco! 

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Obrigada pela visita! Volte sempre!

Total de visualizações de página