Olá mamães!
Durante toda a gravidez ouvimos muito falar sobre líquido amniótico, e nem sempre sabemos a devida importância dele, colocamos aqui algumas informações importantes a serem consideradas.
O líquido amniótico é um líquido ligeiramente amarelado que envolve e suporta o desenvolvimento do feto durante a gravidez.
A princípio o líquido amniótico é produzido na placenta, iniciando a produção por volta do 12º dia após a conceção e com água do corpo da mãe. Por volta da 20ª semana os rins do bebê começam a funcionar e passam a produzir o líquido amniótico que passa a ser constituído, em sua maior parte, por urina fetal.
O nível de líquido amniótico varia ao longo da gravidez. Aumenta até as 32/33 semanas de gestação, período em que atinge o seu nível mais elevado contendo entre 800 a 1000 ml.
O líquido amniótico é "renovado" mais ou menos a cada duas horas. O bebê flutua, movimenta-se, engole e “respira” o líquido para depois o expelir de novo.
O líquido amniótico auxilia:
*O desenvolvimento do bebê, permitindo o crescimento ósseo e desenvolvimento motor adequados.
*O adequado desenvolvimento dos pulmões.
*Mantém a temperatura constante, protegendo o bebê da perda de calor.
*Protege o bebê do exterior ao proporcionar uma camada protetora que funciona como um amortecedor contra choques ou movimentos bruscos.
Excesso de líquido amniótico
O excesso de líquido aminótico, também conhecido com polidrâmnio, normalmente está relacionado com a incapacidade do bebê para absorver e engolir o líquido nas quantidades normais. No entanto, o aumento do líquido amniótico também pode acontecer devido a outros problemas que promovem o aumento exagerado na produção do líquido amniótico, entre eles:
*Diabetes gestacional: o aumento das quantidades de açúcar no sangue da grávida faz com que o bebê produza mais urina, aumentando a quantidade de líquido amniótico;
*Problemas gastrointestinais no bebê: podem diminuir a capacidade do bebê para absorver o líquido amniótico e, nestes casos, pode ser necessário fazer cirurgia após o nascimento para tratar o problema no bebê;
*Crescimento anormal de vasos sanguíneos na placenta: promove uma produção exagerada de líquido amniótico;
*Infecções na grávida ou no bebê como rubéola, citomegalovírus, toxoplasmose ou sífilis;
*Doenças cromossômicas como Síndrome de Down ou Síndrome de Edwards.
Independentemente da causa, o aumento da quantidade de líquido amniótico não significa que o bebê irá nascer com alguma má-formação ou doença, pois na maior parte dos casos, o bebê nasce completamente saudável.
Normalmente não há tratamento para excesso de líquido aminótico, sendo apenas recomendado manter consultas regulares no obstetra para avaliar a quantidade de líquido amniótico, com o intuito de evitar consequências como:
*Parto prematuro devido a ruptura prematura da bolsa de água;
*Crescimento e desenvolvimento fetal excessivo;
*Descolamento da placenta;
Porém há nos casos mais graves, em que o aumento do líquido amniótico antecipam o parto ou causam sintomas como dificuldade para respirar e dor abdominal, o obstetra pode recomendar retirar uma parte do líquido com uma agulha ou utilizar remédios, como a Indometacina, que ajudam a diminuir a produção de urina pelo bebê e, consequentemente, diminuem a quantidade de líquido amniótico.
Redução de líquido amniótico
A redução no líquido amniótico, conhecido como oligoidrâmnio atinge cerca de 8% das grávidas em algum ponto da gestação, normalmente no terceiro trimestre.
Seu médico vai solicitar um ultra-som se desconfiar de que a quantidade de líquido está abaixo da ideal. Isso pode estar ocorrendo quando:
*A mulher está perdendo líquido amniótico pela vagina
*O bebê está menor que o normal para a idade gestacional
*O médico consegue apalpar fácil o bebê pelo lado de fora da barriga
*A mulher não está sentindo o bebêmexer com frequência
*A mulher já teve outro filho que nasceu pequeno para a idade gestacional
*A mulher tem pressão alta
*A mulher está com diabete
*A mulher sofre de lúpus
As principais causas da diminuição de líquido são:
Ruptura parcial da bolsa
Quando há uma pequena abertura na bolsa, o líquido pode escapar. Pode acontecer em qualquer ponto da gravidez, mas é muito mais frequente perto do final da gestação. Às vezes a abertura se fecha sozinha e o líquido pára de vazar.
O maior perigo dessa ruptura parcial da bolsa, além do oligoidrâmnio, é a entrada de bactérias, que podem provocar uma infecção. Assim, seu médico estará mais atento para qualquer sinal de infecção.
Problemas na placenta
Pode ser que a placenta não esteja produzindo sangue e nutrientes em quantidade adequada para o desenvolvimento do bebê. Quando os bebês são pequenos, produzem menor quantidade de urina, por isso os níveis de líquido amniótico ficam baixos.
Anomalias no bebê
Quando o líquido fica abaixo do normal ainda no primeiro ou no segundo trimestre, pode ser que haja alguma malformação interferindo na produção de urina pelo bebê. O médico deve pedir um ultra-som detalhado para verificar o desenvolvimento dos rins do bebê e do trato urinário, além do coração.
Síndrome da transfusão feto-fetal
Quando a mulher está grávida de gêmeos idênticos e cada um tem sua própria bolsa, há entre 10 e 15 por cento de possibilidade de eles terem a síndrome da transfusão feto-fetal -- um bebê recebe mais sangue e nutrientes da placenta que o outro. Nesses casos, o gêmeo "doador" acaba ficando com menos líquido amniótico, enquanto o "receptor" fica com líquido em excesso.
Medicamentos
Determinados remédios podem causar oligoidrâmnio. A medicação contra hipertensão à base de inibidores da enzima conversora da angiotensina (inibidores da ACE), por exemplo, afeta o funcionamento dos rins do bebê e deve ser evitada. Alguns remédios usados para combater a ameaça de parto prematuro também podem afetar os rins do bebê, assim como o ibuprofeno. Nunca use nenhum remédio na gravidez sem falar com o médico.
Boa sorte!
Bjos.
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