10/05/2015

Doenças comuns em bebês

Esses dias eu estava lendo uns artigos e dando uma pesquisada nas doenças que mais atingem os bebês. Fiquei até impressionada em o quão comum elas são! É claro que como mãe, não queremos que nossos anjinhos tenham nada, aliás se eu pudesse pegava tudo pra mim pro Théo não sentir nada Rs. Mas não dá. 
Por isso, resolvi listar aqui algumas doenças e problemas mais comuns nos bebês.  Mas sempre busque ajuda profissional para o tratamento e medição correta. 

E já aviso que o post é longo! Fui atrás de doenças simples como gripes e resfriados e também infecções na pele. 

Existem vários exames que são feitos após o nascimento do bebê e a maioria deles são obrigatórios, como o teste do pezinho, do olhinho, da orelhinha, entre outros, por isso é necessário estar sempre informada sobre quais os exames que o hospital fará no seu bebê. Caso seja detectado algum problema, o tratamento poderá começar imediatamente.
Fique atenta aos sinais no seu bebê, mas também evite levá-lo ao hospital quando for algo simples, por conta dos vírus e bactérias que tem lá.

  • Descamações e brotoejas na pele:



A chamada crosta láctea, é um tipo de dermatite do coro cabeludo do bebê. Não chega a ser uma doença, mas é uma alteração na pele. A pele pode descamar, ficar vermelha e mais sensível. Surge nas primeiras semanas de vida do bebê e tende a desaparecer logo nos primeiros dias. A pele do bebê ainda está "se preparando" para que ele viva fora do corpo da mãe, uma vez que durante 9 meses, ele ficou imerso num líquido, estar fora da barriga é um mundo completamente diferente. 

O que fazer: Não há necessidade de esfregar (o que pode lesionar a pele), ou passar sabão, ou tentar tirar a pele que esta saindo. Os bebês não sentem nenhum desconforto com isso. Após cerca de 10 dias, se ainda estiver descamando, você pode passar um algodão com um óleo hipo-alergênico na região para ajudar a tirar o excesso, sem forçar. Na cabeça, pode usar aquelas escovas próprias para o cabelo dos bebês, que possuem as cerdas bem macias.

As brotoejas, que são aquelas bolinhas rosadas no corpo, pequenas erupções que surgem pois alguns poros do bebê ainda estão fechados, obstruindo a passagem do suor. Algumas podem coçar e irritar o bebê. Também somem com cerca de 10 dias após o nascimento. 

O que fazer: Evite produtos de higiene que contenham perfume e álcool. De preferência, caso seu bebê já demonstre ter a pele mais sensível, respeite isso, use sabonetes ou shampoos, quando essas bolinhas já estiverem sumido. A pele do bebê é extremamente permeável.
Use roupas mais leves e de algodão e sempre seque bem o bebê após o banho.

  • Os primeiros dentes: 



Os primeiros dentinhos incomodam muito ao nascerem. É um processo dolorido e desconfortável. Alguns bebês ficam bem irritadas, choram mais, podem recusar o peito, podem até perder um pouco de peso e ter febre (é considerado febre acima de 37,5 graus). Nesta fase o bebê pode começar a babar muito e fica tentando coçar a gengiva com as mãos ou objetos. Os dentes podem começar a nascer com 4 meses, quando a gengiva fica mais inchada e sensível, os dentes de fato nascem próximo de 6 meses.

O que fazer: Dê mordedores, massageie a gengiva. Quando eles coçam, eles estão estimulando a erupção do dente. Existem modelos de mordedores com gel que podem ser colocados no congelador, a temperatura ameniza o desconforto. Somente medique quando o bebê mostrar que está com muita dor. Evite dar muitos remédios, pois podem afetar o estômago deles, que é bem sensível ainda.  É comum nessa fase o queixo ficar avermelhado e irritado por causa da saliva. Para amenizar isso, mantenha a pele do bebê seca, se achar melhor use babadores. Eles babam bastante quando os dentes estão nascendo.

  • Otite: 



A otite é um agravamento de um quadro de virose. Ocorre quando o catarro do resfriado se acomoda nos canais auditivos, causando uma inflamação do ouvido. Surgem cerca de 3 ou 4 dias após algum resfriado. O bebê chorará muito, quase que um choro inconsolável, poderá ficar passando as mãos na orelha, como se estivesse coçando, e se você der uma apertadinha de leve, próximo a entrada do ouvido perceberá que ele não gostará. Ficam mais irritados e bem manhosos. Pode dar febre. 

O que fazer: O médico deverá fazer o diagnóstico final, pois ele verificará como está a inflamação, e provavelmente receitará antibióticos. É uma doença que costuma surgir três ou quatro dias depois de um resfriado. Para aliviar a dor, os pais podem esquentar a região com um lenço aquecido e fazer a higienização nasal, a inalação e a sucção do catarro com uma bombinha manual (sugador nasal). Mantenha o pequeno hidratado e agasalhado. 


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  • Pneumonia: 


Depois de um resfriado ou gripe, há sempre o risco do quadro evoluir para uma bronquiolite ou até uma pneumonia. Ou seja, inflamações no pulmão. A pneumonia é grave e precisa ser tratada o quanto antes. Causa tosse mais carregada, febre persistente, falta de ar e chiado no peito. Em alguns casos, a tosse pode levar ao vômito.

O que fazer: Diagnosticada a doença, a criança deve ser medicada conforme indicação do pediatra, hidratada e higienizada. É importante monitorar o estado geral e a temperatura do bebê, além de sugar o catarro do nariz com os sugadores nasais. 


  • Resfriado: 


Os vírus são bastante nocivos aos bebês, que apresentam um sistema imunológico ainda imaturo e ficam mais vulneráveis a agentes externos. Por isso, os resfriados leves, ou viroses, afetam muitas crianças no primeiro ano de vida, principalmente quando frequentam creches e berçários de escolas. A inflamação causa coriza, obstrução nasal, tosse e lacrimação. Também pode dar febre baixa.

O que fazer: Em caso de febre, você pode dar um anti-térmico próprio para bebês. Sempre verifique a dosagem correta. Sendo apenas um resfriado, se seu filho mama apenas leite materno, mantenha as mamadas a risca, para que ele não desidrate. Mantenha o nariz dele limpo, utilizando soro e o sugador. Para amenizar a temperatura corporal, você pode dar um banho morno e deixá-lo com roupas mais leves. A inalação também pode ajudar na congestão nasal.  Caso a febre persistir por mais de 48 horas ou superar os 38,5 °C e a criança apresentar prostração, leve-a a um pronto-socorro.

  • Virose Intestinal:


As viroses são mais comuns no verão e em bebês que já tem contato com outras crianças. Atacam o sistema gastrintestinal. O resultado pode ser cólica, vômito e diarreia, seguidos ou não de febre. Aqui a situação requer mais atenção. O principal risco é o de desidratação. É uma doença que provoca choros cíclicos na criança e irritação. No caso da diarreia, pode apresentar traços de sangue.

O que fazer:  Se perceber algo do tipo no seu bebê não medique, vá ao hospital para que ele tenha o diagnóstico correto e tome a medicação adequada. A amamentação é a melhor forma de hidratar o bebê até, pelo menos, os 6 meses, não há necessidade de dar outros líquidos ou alimentos. Para os mais velhos, sirva apenas comidas leves e naturais, como arroz, purê de batata com cenoura, maçã, suco de maçã e banana-maçã. Água e chá sem açúcar são ótimos.

  • Refluxo: 


Crianças muito pequenas regurgitam bastante. O principal motivo é a imaturidade da válvula que controla a passagem de fluxo entre o esôfago e o estômago. Além disso, o bebê pode não arrotar direito ou mamar além de sua capacidade. Aos poucos eles aprendem a não mamar mais quando estão saciados. O refluxo em bebê recém-nascido não deve ser considerado uma situação preocupante quando a quantidade é pequena e acontece apenas após a mamada. Porém, quando o refluxo acontece várias vezes, em grande quantidade pode comprometer o desenvolvimento do bebê e, por isso, deve ser avaliado pelo pediatra. 
Sintomas de refluxo incluem: sono agitado; vômitos constantes; dificuldade para mamar; irritação e choro excessivo; rouquidão, pois a laringe inflama; dificuldade para ganhar peso e inflamações frequentes nos ouvidos. 

O que fazer: Na maioria dos casos mais simples, é importante estimular o arroto do bebê. Coloque-o sobre seu peito de bruços com o corpo inclinado e dê tapinhas suaves nas costas dele e espere por até 15 minutos. Se a criança vomita muito, vale a pena inclinar a base do berço. Evite balançar muito o bebê após as mamadas, não use roupas que apertem a região da barriga, verifique se a pega está correta, para que entre a menor quantidade de ar possível (veja mais aqui). Normalmente o refluxo desaparece quando os bebês completam 6 meses. 


  • Candidíase Oral (sapinhos):



A candidíase oral, o famoso sapinho, é uma infecção provocada por um fungo que é comum no organismo adulto. A transmissão é feita da mãe para o bebê durante o parto, ou quando em contato com outras pessoas que já tenham. Por isso é recomendado que outras pessoas não toquem no bebê nos primeiros dias. Os sintomas do sapinho em bebê são pequenos pontos brancos que podem formar placas semelhantes a resto de leite, que surgem na língua, gengiva, parte interna das bochechas, céu da boca e lábios da criança. E em alguns casos causar dor e irritabilidade.

O que fazer: Lave sempre as mãos antes de pegar no bebê, mantenha mordedores e brinquedos limpos e exclusivos para o bebê. Pode ser tratado com a aplicação de de uma gaze embebida em chá de romã, pois esta fruta tem propriedades anti-sépticas e ajuda a desinfetar a boca do bebê. Alguns pediatras podem receitam a nistatina para tratar com mais eficiência.


  • Conjuntivite



A conjuntivite em bebê é caracterizada por uma inflamação da conjuntiva, uma membrana que reveste os olhos e as pálpebras, deixando os olhos do bebê vermelhos, lacrimejantes, com secreção e coceira. O bebê pode ter conjuntivite devido a uma infecção por bactéria, sendo chamada de conjuntivite bacteriana, devido a uma infecção por um vírus, tendo o nome de conjuntivite viral ou devido a uma substância alérgena, sendo chamada de conjuntivite alérgica, sendo que a conjuntivite é facilmente transmissível de uma pessoa para outra, especialmente quando é causada por vírus ou bactérias.

O que fazer: O tratamento da conjuntivite no bebê deve ser orientado pelo oftalmologista ou pediatra e pode ser feito com colírios ou pomadas antibióticas, remédios anti-histamínicos ou limpeza dos olhos com gazes umedecidas em água filtrada ou soro fisiológico, de acordo com o tipo de conjuntivite.
Conjuntivite bacteriana: colírio ou pomada antibiótica e limpeza com soro.
Conjuntivite viral: limpeza dos olhos com gazes individuais umedecidas em água filtrada, água mineral ou soro fisiológico, geralmente desaparece após 1 semana, use uma nova toalha após o banho e lave as roupas de cama a cada dois dias pelo menos. Mantenha os olhos do bebê secos, com um lenço.
Conjuntivite alérgica: remédios anti-histamínicos e ou cortisona e evitar a substância alérgena causadora da conjuntivite, e limpeza com soro.

  • Icterícia



Super comum, cerca de 60% dos bebês apresentam no primeiro mês. É caracterizada pela cor amarelada na pele e nos olhos, e é causado pelo nível elevado de bilirrubina no sangue, este excesso de está relacionado à eliminação das hemácias que o bebe não precisa mais e que aos poucos seu corpo vai eliminando. A coloração amarelada da pele avança da cabeça em direção aos pés, sendo observada primeiramente no rosto, depois no tronco e posteriormente nos pés.

O que fazer: O tratamento em casos mais brandos é feito com o banho de luz no hospital e banho de sol em casa. A amamentação é de extrema importância, pois o leite possui os anticorpos necessários para o bebê. Desaparece após mais ou menos 20 dias. Caso não desapareça, procure o médico para melhor avaliação.

  • Roséola



Doença mais comum na primavera do que no verão, causa febre e manchas vermelhas na pele e costuma atingir crianças de seis a 36 meses. Primeiro aparece a febre, que dura em torno de três dias, e depois vem as manchas (o que costuma acontecer no segundo dia). Pode ter tosse, diarreia, falta de apetite e de energia. É causada por um vírus, o vírus do herpes humano tipo 6 (HVH-6) e 7 (HVH-7), e é transmitida pela saliva (pense em todos aqueles brinquedos que são mordidos por todas as crianças da escolinha). 

O que fazer: Ela é uma doença infecto-contagiosa, que passa de criança para criança, e que não possui vacina ainda. Quando identificados os sintomas, um médico deverá ser contatado, mas todas as crianças devem ser tratadas com descanso e muita ingestão de líquidos. 


  • Dermatites


A dermatite é um problema da pele que também pode ser chamado de eczema. Existem vários tipos de dermatite, dependendo da causa. A pele pode ficar avermelhada e irritada, coçar e formar cascas. Existem diversos tipos de alergias de pele, e com o tempo alguns bebês podem apresentar mais de um tipo de dermatite. Como por exemplo alergia à determinado tipo de fralda, algum tipo de eczema, ou até mesmo as assaduras.
A dermatite também pode ser causada por substâncias químicas, presentes no sabão em pó ou em amaciantes de roupa. Nesse caso, é chamada dermatite de contato. 

O que fazer: O tratamento depende da gravidade da dermatite. Pode ser acompanhada pelo pediatra ou por um dermatologista. Evite passar cremes sem de fato saber o tipo ou a causa da dermatite. Fique atenta aos alimentos que seu filho tem ingerido, alguns podem causar alergias. 


Se estiver muito preocupada com algum sintoma ou fator, procure um médico.

Nunca ignore esses sintomas:


Febre com mais de 38 graus,
Temperatura baixa, igual ou abaixo de 35,5 graus,
Respiração acelerada,
Falta de apetite e de energia (moleza),
Fralda seca por mais de 7 horas,
Vômitos,
Diarreias,
Manchas na pele.



Tem alguma dúvida ou sugestão? Mande para nós!

Beijos e bom final de semana!



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